O diagnóstico é um dos mais importantes actos em medicina. Fazer um diagnóstico é um processo probabilistico de decisão que visa classificar o doente dentro de uma determinada entidade nosológica a que corresponderá um determinado tratamento e um determinado prognóstico. Para levar a cabo um diagnóstico teremos então que utilizar métodos que permitam discriminar entre populações de doentes e de não doentes, sendo essa a definição de teste diagnóstico. O termo testes diagnósticos, geralmente, aplica-se aos exames complementares de diagnóstico, no entanto, ele deve ser entendido num sentido mais amplo, abrangendo não só os exames complementares de diagnóstico como também todos os dados provenientes da história clínica e exame físico.
A avaliação da exactidão de um qualquer teste diagnóstico está dependente da comparação dos resultados a partir dele obtidos com o verdadeiro estado de cada individuo. Assim, para determinar o verdadeiro diagnóstico, é preciso que exista um teste, ou conjunto de testes, que dêem uma grande certeza sobre o mesmo. Ao teste que, em determinado momento, tem a maior exactidão na determinação de um diagnóstico dá-se o nome de "gold standard". No entanto, o "gold standard" raramente tem uma exactidão de 100%, tornando-se, assim, difícil utilizá-lo como padrão para comparação com testes alternativos de que se desconhece a exactidão.
Na tabela 1 sumariza-se
a relação entre o resultado de um teste diagnóstico e o verdadeiro diagnóstico:
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Os testes diagnósticos podem ser classificados em dois grandes grupos: